Você está formando, e numa noite inesquecível recebe das mãos do paraninfo, patrono ou reitor da faculdade o tão sonhado diploma. Alegria estampada em sua face e na de todos que tem amor, carinho ou amizade por você. E você em sua vida jamais esquecerá aquela data. E então, depois das festas, sozinho em seu quarto você olhará para aquele diploma com orgulho e medo. Porque agora não existem mais desculpas, o diploma está em suas mãos.
Mas o que é um diploma? Um papel bonito para pendurar na parede? Uma lembrança dos dias felizes da faculdade? Um presente para os pais? Por que tantas pessoas se submetem a provas exaustivas para entrar em uma faculdade, estudar com sacrifício de tempo, de lazer, até do trabalho e das relações sociais? Para ao final receberem o canudo tão sonhado. E o que é aquele certificado impresso em um papel tão especial, assinado, datado e registrado no MEC?
Um diploma é isso: um certificado, um documento que expressa uma qualificação, algo que certifica a posse de um título que nunca será tirado de você. É um documento que pode abrir portas, mas que podem se fechar rapidamente. Sim, fechar! Pois ao final das contas, o diploma fala de uma habilitação conseguida por mérito (ou não), mas um diploma não diz o essencial: a competência na qualificação.
As mudanças que vem ocorrendo no contexto social, político e econômico do nosso país têm gerado forte impacto no mercado de trabalho, que está cada vez mais competitivo. Com isso, as empresas estão buscando profissionais mais qualificados; com conhecimentos, habilidades e atitudes, que possam agregar valor ao negócio e atender os seus objetivos estratégicos. O foco principal são as pessoas e suas mais variadas competências. É a valorização do saber, saber-fazer e saber ser! Isso significa que profissionais que possuem muitas competências tendem a se inserir no mercado de trabalho com mais rapidez e facilidade.
Uma empresa, ao contratar uma pessoa, contrata pela prova de competência, por isso alguém sem experiência costuma ter tanta dificuldade de entrar no
mercado de trabalho. A experiência inicial é conseguida em estágios e nos programas de trainee. Mesmo assim, sem talvez perceberem, os estudantes e egressos estão sendo submetidos a um filtro: o da competência profissional e humana.
Uma empresa não contrata só pessoas, ela contrata competências. Ela contrata porque acredita que aquela pessoa tem as qualificações e, mais importante, a competência pessoal para exercer a função. E essa noção da construção da competência vem sendo esquecida por um grande número de alunos nas faculdades, atualmente. Eles, em sua maioria, têm a doce ilusão de que o diploma basta para ser a chave da porta do paraíso profissional. E se esquecem do principal: de construir passo a passo, disciplina a disciplina, semestre a semestre, a própria competência. Pois não basta ter um título, é preciso ser bom naquilo que se faz. Somente o conhecimento adquirido no curso superior não garante a colocação de um profissional. Pessoas com diplomas existem em grandes números em qualquer profissão, porém pessoas competentes…
Estamos em um mundo em que é preciso se destacar, é preciso ser eficiente e eficaz, melhorar e capacitar-se mais e melhor. Obter e desenvolver competências profissionais devem ser objetivos diários, porque um diploma serve até para adornar uma parede, mas não traz, em si, o atestado da competência.
Autor: Marco Antonio Costa de Freitas, professor da Faculdade Promove
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