Mindful Eating ou o “comer consciente”

*Por Aline Cristina P. A. de Melo

Esta prática integra a ciência da meditação com a ciência da nutrição para melhorar a nossa relação com a alimentação, nutrição e consciência corporal, juntamente com teorias de auto integração entre mente, corpo e emoções.

A ferramenta aplicada por nutricionistas e psicólogos é conhecida também como o Comer Consciente ou comer intuitivo que se baseia na consciência de sensações físicas e emocionais associado a comer e pode ajudar indivíduos que adotam esta abordagem para reconhecer e responder às sensações de fome e saciedade. As intervenções baseadas na alimentação consciente foram consideradas eficazes na redução relacionada à obesidade, promovendo a perda de peso e reduzindo o sofrimento psicológico.

O protocolo do Mindful Eating mais disseminado no Brasil foi criado pela Professora Jean Kristeller, psicóloga e PHD pela Universidade de Wisconsin, com mais de 30 anos de experiência em transtornos alimentares, obesidade e práticas de Mindfulness.

Pesquisas recentes mostraram melhora significativa na regulação alimentar, tanto em pessoas com e sem transtorno da compulsão alimentar periódica e melhora dos quadros de depressão. O programa básico evoluiu ao longo de várias décadas, incorporando uma ampla gama de práticas de meditação mindfulness, práticas de conscientização alimentar e práticas guiadas ligadas à autoconsciência e auto aceitação, e foi adaptado a uma variedade de populações, incluindo indivíduos com níveis variados de obesidade, com e sem compulsão alimentar periódica e diabetes tipo II. 

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A intervenção também trabalha alguns  transtornos alimentares apresentando eficácia  apontada  nas  pesquisas  em vários centros de pesquisas,  evidenciando  diferentes benefícios  para  os  participantes.  Sugere-se  que  a  intervenção  pode  ser  usada  como  um  complemento  às  técnicas  cognitivas  e  comportamentais  já  utilizadas  para  tratar  transtornos como bulimia, anorexia e transtorno de compulsão alimentar. Para a adoção da prática são necessárias aplicações de questionários e exercícios diários que seu nutricionista irá te orientar. 

Outro ponto trabalhado na técnica é a mastigação. Já pensou quantas vezes comemos sem nem sentir o sabor, o aroma e a textura dos alimentos? Na correria do dia a dia comemos no automático e nem damos importância para a mastigação. De acordo com a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, a mastigação correta é a bilateral. Ela pode ser simultânea ou alternada, com movimentos verticais e de rotação de mandíbula. A mastigação adequada beneficia o tônus muscular da boca e da língua, a saúde dos dentes e o bom funcionamento do sistema digestivo. Explore melhor os benefícios da mastigação e procure focar no momento presente na hora das refeições. 

Uma mudança de atitude e a consolidação de mudança de hábitos para a obtenção de uma vida mais saudável passa obrigatoriamente por uma mudança comportamental que não conseguimos fazer sem muita leitura e apoio de profissionais especializados como médicos, psicólogos, educadores físicos e nutricionista. 

Procure logo um nutricionista, que juntamente com o psicólogo irá te auxiliar a efetivamente consolidar sua reeducação alimentar. 

*Aline Cristina P. A. de Melo é Nutricionista e Doutora de Ciências de Alimentos e Professora do curso de Nutrição da Faculdade Kennedy.

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