*Prof. Marco Antonio Costa de Freitas
Vivemos um momento dos mais difíceis da história para a humanidade. No contexto empresarial, milhares de empresas fecham as portas enquanto outras sobrevivem graças à Internet. Gestores tentam atuar dentro de ambientes digitais em uma tentativa incerta de sucesso. Porém, como canta Lulu Santos: “tudo na vida passa”, e uma pergunta permeia as mentes das pessoas: o que será do amanhã?
Neste tempo sombrio, uma perspectiva futura se apresenta como certa: haverá um enorme espaço para novos negócios baseados ou não em algum tipo de inovação. As pessoas buscarão voltar à vida que não é apenas online. Antigos e novos clientes estarão a ser conquistados, tendências diferentes surgirão trazendo oportunidades sequer imaginadas com novas necessidades, desejos e sonhos. Novos formatos de negócios, renascimento de formatos antigos e consagrados, tudo isto estará como água limpa a ser bebida. Talvez o grande diferencial possa vir a ser, inclusive, formas tradicionais consagradas que poderão renascer em meio a um novo não totalmente agradável e satisfatório, por vezes.
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A tendência tecnológica parece ter fincado raízes definitivas, pessoas que agora se adestram no tecnológico, por necessidade de sobrevivência, verão as tecnologias não mais como domínio de nerds, mas como aliadas do dia-a-dia. Convergência de telas de celulares, televisão e notebooks em um único aparelho, a tecnologia espetacular do 5G, a revolução da inteligência artificial, roupas inteligentes adaptáveis às variações cromáticas desejadas, produtos inteiramente recicláveis e reaproveitáveis, energia limpa para todos, operações médicas a distância, novos fármacos eliminando doenças seculares, a tecnologia sendo levada para dentro das salas de aula, o que mais poderá vir? É inimaginável!
Enquanto novas formas de viver, de trabalhar, de lazer, de consumir aparecerão, os novos reis do mercado serão aqueles que conseguirem aplicar a tecnologia às novas tendências e não às tendências às tecnologias. Uma tendência já se percebe, as pessoas não querem viver dentro da tecnologia, mas sim trazer a tecnologia para suas vidas, que é feita de existência física. Então, tudo dependerá de cérebros humanos inovadores, perspicazes, com senso de humanidade e que saiam do lugar comum de ser tudo da forma como sempre foi.
Sendo assim, o Marketing se tornará algo mais especializado, o comércio online ou presencial verá no Marketing Digital uma grande e poderosa ferramenta de divulgação e vendas, trazendo novas técnicas, novas abordagens, novos segmentos de consumidores e possibilidades expandidas de usos dos conceitos e das técnicas que, no Marketing, vem sendo criadas e desenvolvidas nas últimas cinco décadas, principalmente. O Marketing será tão dinâmico quanto são as redes sociais que aparecem, crescem e desaparecem. A pergunta que fica é: o quanto as pessoas, os empreendedores e os gestores compreendem o que é Marketing e como ele define vidas, negócios e economias? Você leitor percebe isso?
*Marco Antônio Costa de Freitas é Mestre em Administração pela UFMG e Professor dos Cursos de Administração e Marketing das Faculdades Promove.